Neste refúgio ele alugou uma residência em um vasto espaço de terra que se estendia por 8.100 m², próxima a uma conceituada escola para crianças e também da capital francesa, na qual poderia continuar a comercializar suas produções artísticas. Monet logo se apaixonou pelos jardins desta morada, que passaram a iluminar seu espírito e sua arte.
O Jardim de Monet era dividido em duas frações – o Clos Normand, jardim floral localizado diante da residência; e o jardim aquático japonês, situado na margem oposta da estrada. Ambos se opunham, mas, ao mesmo tempo, completavam um ao outro. O primeiro media cerca de um hectare e foi convertido em um oceano de panoramas, relações simétricas e colorações.
A extensão foi repartida em dois canteiros de flores, nos quais espécimes de diversas elevações davam a sensação de gerar grandeza. Arbustos repletos de frutos e outros meramente decorativos dão sustentação às roseiras do tipo trepadeiras. Até atingir uma idade avançada, Monet semeou mais de 1.800 variedades de flores e vegetais, que dividem o mesmo espaço harmonicamente.
Neste mesmo jardim podem ser encontradas flores agrestes, entre elas as mais extraordinárias e incomuns. Na alameda principal é possível se deparar com uma série de arcos metálicos nos quais rosas trepadeiras se desenvolvem. Também há a presença de bambusjaponeses nada comuns, macieiras, azaleias, framboesas, íris, tulipas, limoeiros, miosótis, dálias, girassóis e hortênsias, entre outros espécimes.
Este refúgio ornamental é configurado por diversas desproporções entre suas partes e curvas, baseado nos modelos de jardins do Japão colecionados por Monet. Aí está localizada a popular ponte japonesa representada por ele em sua obra, bem como os bambus e nenúfares que vicejam neste espaço nos verões franceses.
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